Cobertura da imprensa sobre a leitura de jovens e adolescentes ainda é tímida
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| A ANDI – Comunicação e Direitos, em parceria com o Movimento por um Brasil Literário e o Instituto C&A , lança a pesquisa “Mídia e promoção da leitura literária para crianças e adolescentes” que oferece uma radiografia da cobertura dos 40 maiores jornais brasileiros sobre o tema. A divulgação coincide com o lançamento da Campanha por um Brasil Literário, a ser realizada ao longo da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), entre os dias 6 e 10 de julho. Apesar do crescente interesse pelo cenário literário e editorial no país, a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2008 aponta que 45% da população brasileira é constituída por não leitores. Neste sentido, o papel dos meios de comunicação é muito importante para garantir visibilidade ao tema e para a cobrança de avanços em relação aos diversos aspectos desta agenda. Os dados presentes na pesquisa promovida pela ANDI indicam que a cobertura sobre o tema da leitura literária entre crianças e adolescentes ganha importância, mas ainda é pequena. O texto integral da pesquisa está disponível para download no site da ANDI. Também é possível acessar um resumo executivo (que também segue anexado a esta pauta) com os principais dados do levantamento. Enfoque local A pesquisa analisou a cobertura sobre leitura de literatura em 1.489 reportagens, artigos, colunas, editoriais e entrevistas publicados nos mais importantes jornais diários brasileiros entre 2008 e 2009. De um ano para o outro, o número de textos publicados sobre o tema com foco em crianças e adolescentes subiu de 524 para 965. Apesar do crescimento, os artigos analisados ainda têm um enfoque primordialmente local. As matérias sobre leitura tratam sobretudo de questões de âmbito municipal (56,8% em 2008 e 53% em 2009). No total, 19,7% repercutem ações nas capitais, onde está a maioria dos veículos pesquisados. Abordagem das matérias Dos textos analisados, 72,3% restringem-se à descrição de acontecimentos factuais, como eventos ou campanhas. Poucas matérias questionam políticas públicas de incentivo à leitura no país. Apenas 18,2% apresentam causas, 17,2% consequências e 11,3% apontam soluções para os problemas enfrentados na área de leitura literária. A relação entre leitura e indicadores educacionais aparece em 3,4% das publicações. O empoderamento do cidadão por meio da leitura aparece em 2,4% dos textos; a vinculação entre o hábito de ler e indicadores sociais existe em 1% das matérias analisadas; nos indicadores de crescimento econômico, é menor ainda (0,5%). Banco de Fontes da ANDI conta com especialistas e entidades ligados ao tema Para garantir a diversidade uma cobertura mais democrática, a ANDI reuniu 75 fontes, entre especialistas e entidades, ligadas diretamente à promoção da leitura literária. O banco de fontes encontra-se acessível no site da ANDI e por é possível procurar as áreas de interesse Promoção da Leitura e Literatura Infantil. A ferramenta pode ser um importante estímulo para o aprofundamento e diversificação das matérias. Segundo o levantamento da ANDI, na maioria dos textos (59,2%), apenas uma fonte de informação é citada. Grande parte dos ouvidos em cerca de 30% dos textos analisados são especialistas, autores ou ilustradores. Em 98,4% das matérias não há pontos de vistas plurais. Marco Legal São poucos os textos que mencionam alguma legislação e, ainda assim, os 56% se restringem a citar a lei, sem aprofundar no conteúdo. Documentos e acordos internacionais, como Metas do Milênio e Declaração Universal dos Direitos Humanos pouco são citadas. Guia de Fontes Movimento por um Brasil Literário Carolina Trevisan (11) 3876 7411 (11) 9376 4077 Programa Prazer em Ler do Instituto C&A Adriana Vera e Silva (11) 3147 7421 Gonzalo Navarrete (11) 3147 7426 André Moraes (11) 3147 7466 ANDI – Comunicação e Direitos Fábio Senne (61) 2102 6516 | ||
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A poesia crônica que cerca tudo e nada, o universo em desconexa crônica e sua inexorável poética cômica. Resultado dos anos de correria de Vinícius Borba, poeta, jornalista, produtor cultural radicado nas satélites do DF. Militando com movimentos socioculturais de periferia, como o Radicais Livres S/A, políticos como MPL e artivista jornalista independente, este inquieto repórter e agitador faz espaço considerações e compartilha oportunidades, boa arte e impressões sobre mundo.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Cobertura da imprensa sobre a leitura de jovens e adolescentes ainda é tímida
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