Do teu mano, Vinicius Borba
Gildo
Antonio Alves, Agá,
seu codinome de samba
Como bom e
velho bamba
Que não se
deixa calar
Um surdo
agora mudo
Um tantã,
repique, tamborim
Um scratch
na playlist
Tinha um
poste no caminho, acabou tudo
Agá era
daquele jeito
Malemolência
carioca do gingado
Levava a
Aruc no peito
Mas mantinha
o bom do Black emaranhado
O bom som
lhe guiava
Dava o tom
da caminhada a cada take
O melhor
quadro, câmera, luz, sem fake
Da vinheta a
finalização o corte certo comandava
Um poço de
paciência, a paz do Buda que o levava
Uma dor lhe
perseguia,
um vazio sem
complacência fulminava
De alguma
inconsequência
Claro, todo
mundo errava
Neste mundo
sem decência
O capital
que lhe apertava
Amizade teve
todas as possíveis
Bonachão,
amava muito seus filhotes
Coração de
leão, sempre foi forte
Pra proteger
sua prole, indivisíveis
Viveu as
alegrias que teve para viver
Sofreu as
tristezas que teve para sofrer
Sem jamais
esmorecer de sua fé,
Manteve o
juramento até o final de pé
Brasiliense
nato calango
Filho do
Cruzeiro Velho Candango
Manteve um
sonho e uma utopia
De
comunicador, tocando e vivendo
Proteger a
humanidade contra covardia
Mas como
ensinou o mestre, Leão que é leão
Não morre
caçado ou de causas externas
É de dentro
de sua’lma
Que parte a
morte que lhe encerra
Seguimos
agora teu juramento irmão
Que em nome
de tua memória
E do porvir
de teus rebentos
Faremos novo
juramento
Para mudar
toda essa história
Na Contra
mão, no Sokasamba
Em tua Aruc
ou tocando na Árvore
Teu som ecoa
sem essa mancha
É a tua
harmonia que nos invade
Antônio
Gildo Alves
Aga Pop,
nosso cumpade
Nos vemos
eternamente por essas andanças
Em cada
verso, em cada mantra
É o teu som
que nos invade
Agapop
Eternidade
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