terça-feira, 26 de março de 2013

MANIFESTO: Brasília contra desvios com o FAC e a cultura do DF


Indignados contra mais uma ação repentina do GDF em tomar para si recursos conquistados pelo movimento cultural para os artistas da cidade, o Fórum de Cultura do Distrito Federal conclama mais uma vez os artistas da cidade para o ato público de repúdio ao desvirtuamento dos recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) das mãos dos artistas para o próprio Governo. A manifestação ocorre em 1º de abril em frente a Secretaria de Cultura.

Do Fórum de Cultura do DF, Março de 2013

MANIFESTO

"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

Um espectro ronda o Distrito Federal - o ataque ao patrimônio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e aos guardiões do seu espírito, o movimento cultural. Todas as vertentes da cultura candanga devem se unir (artistas, intelectualidade, produtores, público, parlamentares e cidadãos) para lutar pela recondução do governo às bases filosóficas do programa apresentado na campanha eleitoral.

Queremos a melhoria das condições gerais de produção e fruição da cultura. Assim, aplaudimos os avanços alcançados com o aumento dos investimentos, no número e na abrangência geográfica dos contemplados pelo FAC; na ação da Faculdade Dulcina; na criação da Frente Parlamentar de Apoio à Cultura; na reforma do Cine Brasília; dentre outros. Tudo bem quando apoiamos, mas, quando exercemos nossa cidadania, somos tratados como ameaças e as divergências de opinião são lidas como confronto.

Que movimento já não foi acusado de corporativista pelos donos do poder quando defende suas conquistas enquanto eles as destroem, a fim de fortalecer sua própria corporação (governo/partido/tendência)? Quem não clamará quando vir o FAC sendo vítima do ataque predatório da Secretaria quando tenta financiar com o dinheiro do fundo ações que deveriam ser cobertas pelo orçamento da Secretaria? Quem não se alinhará em favor do combate à multiplicação de modalidades (“caixinhas”) nos editais e às extremas restrições que esta prática causa à livre expressão artística? E a volta do “balcão” de atendimento ao lobby dos setores mais próximos do poder? Por que vivemos essa instabilidade crônica nas regras dos editais e o que justifica o aumento vertiginoso da burocracia se as regras do jogo não mudaram por omissão da própria Secretaria? 

Quem não defende a participação social efetiva em lugar dos simulacros assistidos nos debates dos Conselhos, na Conferência de Cultura e nas consultas públicas como “O FAC que queremos”? Por que o calendário de discussão do novo decreto regulamentador foi suspenso sem justificativas e um novo edital foi lançado às pressas, sem corrigir, minimamente, as insatisfações da comunidade?

Estamos sendo forçados a tomar medidas drásticas, como propor a impugnação dos editais do FAC, quando, na verdade, somos a favor do estabelecimento de um diálogo sistemático com o Secretário Hamilton Pereira. Este, porém, tem agendas constantes com os “grandes empresários da cultura”, mas só compareceu ao Conselho de Cultura, pela primeira vez, quase dois anos depois de assumir a gestão e, até o momento, recusa-se a receber o Fórum de Cultura do DF.

Que movimento não se levantará em favor do combate ao descaso com que o GDF trata a cidade patrimônio cultural da humanidade? Em favor da superação da visão mercantilista, de espetáculo e de entretenimento endossada pelo governador Agnelo Queiroz ao torrar mais de R$ 1,3 bilhão num estádio com vistas a colocar Brasília no circuito internacional de eventos, enquanto as cidades do DF não têm equipamentos de cultura e os próprios do Plano Piloto vivem à beira da interdição? Em favor do cumprimento da promessa de se implantar 200 Pontos de Cultura, embora a Secretaria não consiga pagar nem a segunda parcela dos 20 primeiros conveniados? A favor de concursos públicos urgentes e do estancamento da sangria no corpo administrativo da Secretaria? A favor da regulamentação transparente e cuidadosa da Lei de Incentivo, que sequer incorporou os mais de 20 anos de crítica contra esse mecanismo de financiamento à cultura? A favor do fim do contingenciamento do orçamento da Orquestra, único corpo artístico estável do DF? A favor do investimento na capacitação dos gestores da cultura? A favor da transformação das Gerências Regionais de Cultura em Diretorias e a sua vinculação à estrutura da Secretaria? A favor da melhoria da infraestrutura do setor de comunicação da Secretaria e da democratização da comunicação social no DF com o cumprimento das promessas de banda larga gratuita e da criação do Conselho de Comunicação? Em prol de uma efetiva proteção e promoção da diversidade cultural e de uma integração maior do DF com o Entorno?

Há muitas insatisfações represadas que precisam encontrar eco na atual gestão, a fim de que a cultura possa cumprir o seu papel estratégico dentro dos novos paradigmas do desenvolvimento. Portanto, todos à

MANIFESTAÇÃO CULTURAL
1º DE ABRIL (DIA DA MENTIRA), SEGUNDA-FEIRA, 11H
EM FRENTE À SECRETARIA DE CULTURA.

“Todo poder emana do povo, e em seu nome será exercido!!!!”

Babilônia Norte: reocupando, reresistindo, retransformando


  Vamos ocupar a Babilônia Norte
  
ASSISTA AO VÍDEO CONVITE

         Jovens idealizadores unem-se a artistas para revitalizar importante espaço urbano esquecido da Capital Federal
 
Apelidada de Babilônia Norte, as quadras comerciais da 205/206 da Asa Norte se diferenciam de todas as outras de Brasília. Bastante esquecido, o espaço é rodeado de estigmas que afastaram durante anos o interesse comercial. Felizmente, instigados pela diversidade da quadra, artistas, comerciantes e comunicadores criaram um movimento para revitaliza-la e torná-la um centro cultural.
 
Babilônia Norte é um espaço bastante estimado por artistas da cidade, que vislumbram no local a possibilidade de recomeço por meio da arte. Com esse fim, estão previstas ações como cuidados com o jardim, por meio de oficinas artísticas, e intervenções criativas e poéticas espalhadas pelas paredes. Ao final, o projeto comtempla um documentário e um evento de exibição interativo.
 
Para alguns, o nome popular de Babilônia Norte faz referência aos jardins suspensos que decoram (ou deviam decorar) as janelas. Para outros, o apelido faz alusão à miscelânea de ideias, pessoas e culturas que a quadra abriga. “Especulações à parte, o que importa é que a Babilônia Norte é de fato a quadra mais peculiar do Plano Piloto”, declara Fred Gallo, gerente multimídia do projeto. Criada em 1979, a comercial possui quiosques envidraçados (hoje utilizados como depósitos), um jardim no terraço e diversos espaços inusitados, como, por exemplo, as duas passagens subterrâneas que ligam uma comercial a outra.

Com a proposta de uma experiência cultural que toma conta da rua, o projeto se vale ainda de outras manifestações artísticas para ampliar sua mensagem. No documentário intitulado “Babilônia Norte”, dirigido por Renan Montenegro, artistas foram convidados a apresentar o espaço por meio de seus trabalhos, mostrando a relação entre a arte e o espaço arquitetônico inusitado. Entre os personagens do filme estão os poetas Nicolas Behr e Patrícia Del Rey, o fotógrafo Humberto Lemos, as artistas plásticas e artesãs Vera Guadalupe e Alessandra Cardoso, o ator João Antônio, a grafiteira Juliana Borgê e o trio de DJs Criolina.

O evento de exibição do filme está marcado para quarta-feira (27), às 19h30. Além da premier do documentário ao ar livre, o evento terá exibição uma mostra fotográfica, experiências multimídia com QR Codes, uma parede poética interativa, performance teatral, grafite ao vivo e apresentação musical. Ao final, o espaço terá uma edição especial da festa Criolina Champagne, em parceria com o Criolina e o Espaço Cena.

O projeto Babilônia Norte é o primeiro trabalho do Coletivo Capadócia, formado pela agência de branding Kula BrandLab e pela produtora de conteúdo Rodoferrô. Este trabalho conta com o apoio do Governo Federal, por meio da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e da Agência IR.wi (OSCIP ligada ao Instituto Mundial para as Relações Internacionais) e com a parceria do Espaço Cena, da Cambalhota Cinema Digital, do Sebinho, do Ateliê ÔdeCasa e da TMTA Comunicação.
 
Serviço:
Dia: 27 de março (quarta-feira)   19h30
Local: 205/206 Norte (Comercial)
Evento gratuito.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Uma vez Sarney, sempre Sarney! Glauber e MC Marechal neles!

Confesso estou emocionado, com a capacidade de rebeldia e intervenção inteligente e ácida de artistas de raiz. No vídeo abaixo, uma demonstração fortíssima de como Glauber Rocha, contratado para realizar a filmagem e registro de um discruso de posse do então governador José Sarney, e meteu inúmeras imagens da miséria Maranhense na época, soando fostíssimo como protesto, realidade que infelizmente ainda se reproduz. Tão sagaz quanto a atitude de Glauber ao mostrar a miséria daquele povo, foi a facada de MC Marechal, que de forma rara deu-lhe uma paulada nas práticas de sensacionalismo televisivo em pleno BBB. Furando o bloqueio, detonando com o que não presta pelos próprios veículos e recursos dessas redes. Grandes guerrilhas, tamujnto.



Maranhão 66

O avesso do avesso - Nelson Motta. Está bombando no YouTube e provocando acessos de gargalhadas e deboches um filme de sete minutos em preto e branco com o prosaico título Maranhão 66.
Aparentemente é um documentário sobre a posse de José Sarney no governo do Estado, feito por encomenda do eleito. Mas é assinado por Glauber Rocha.

Leia mais do comentário de Nelson Motta no Youtube http://www.youtube.com/watch?v=Xj_G6fkYOw0

terça-feira, 12 de março de 2013

Sarau Radical 10 anos de resistência cultural de periferia


Os Radicais Livres S/A apresentam: Sarau Radical – Edição especial, 10 anos de Resistência Cultural
Não 10 horas, 10 dias, 10 meses... São 10 anos de muita luta e poesia nas ruas do DF e da periferia, levando arte aos sem voz, abrindo microfone aos sem luz! Com orgulho desta trajetória de vitórias, luta e da arte como caminho, a Associação Sociocultural Radicais Livres tem a honra de apresentar a tod@s mais uma grande celebração do grupo, que cada vez mais busca ser referência para os periféricos como nós na construção de um mundo melhor possível, pelas artes , educação e cidadania.
Para esta festa, no próximo dia 24 de março de 2013, celebraremos no Aquário Bar, em São Sebastião, a realização de mais de 300 saraus, envolvendo mais uma vez inúmeros artistas de diferentes segmentos para um dia especial com shows musicais e poéticos, Cineclube Radical, circo, mostra coletiva Radical Livre, intervenções de poesia multimídia, a inusitada Feira do Troca e muita festa. O evento é gratuito como sempre, mantendo o espírito de levar arte e diversidade a quem não conhece, fomentando o respeito a diferença, misturando profissionais e amadores no mesmo palco, valorizando a produção de arte periférica.
Traga sua arte para cá também, vem celebrar com a gente a revolução permitida aos que vivem entre a incoerência e a loucura, não abandonam as utopias pelo primeiro cargo comissionado que lhe aparece, e viva a alegria de construir uma nova história das favelas do país, no coração do Brasil.
Esperamos você por diversão, luta, engenho e arte.
Os Radicais Livres S/A
Do blog radical livre www.radicaislivressa.blogspot.com